sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Você não vai voltar como antes...

Hoje, em especial, estou com um certo receio... Daqui a pouco saio de casa e vou para um lugar do qual já fui diversas vezes, mas nunca tive tanto medo como estou tendo agora.
Ontem alguém veio me dizer que não vou voltar como antes.
Engraçado!! Já ouvi isso muitas vezes e já disse isso muitas vezes para as pessoas, mas nunca tinha sentido o PESO verdadeiro dessa frase: “Você não vai voltar como antes!”
Medo pq eu estava começando a gostar, medo pq não quero deixar de viver o que eu vivo hoje, medo pq eu não queria parar de tentar, medo pq eu não estou querendo parar de olhar pra trás...
Bom, de qualquer forma segunda-feira se Deus quiser estarei de volta.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Canso demais, dispenso tudo...

Canção do dia de sempre

"Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas..."

Mário Quintana

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

EU, AGORA...

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante
Porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada

Por que metade de mim é o que penso mas a outra metede é um vulcão
Que o medo da solidão se afaste e que o convivio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui mas a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito e que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba e que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia a outra metade é a canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor e a outra metade também.

Metade
Oswaldo Montenegro