quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Meu presente não me alimenta, não me sustenta, não me fortifica, não me regenera.
Não ser luz e não ser sal quando já se conhece a verdade, tem suas porcas e miseráveis conseqüências.
Mas eu não quero ser pilar... Não quero!!!
Primeiro trata de mim como no primeiro amor, como se ainda eu não soubesse de nada. Tudo de novo.
Não quero sustentar edifícios, eu não tenho estrutura!!!!
Não pense em me capacitar para isso, apenas trata do meu coração, de mim... É o que preciso agora.
Queria saber onde está toda essa fortaleza que enxerga em mim, pq eu sei que vê, mas não sei onde.
Pq confiar em mim tanta força? Porventura não me conhece desde antes do meu nascimento e já não sabia que não sou tão forte e tão disciplinada como exige que eu seja??
Age comigo como no princípio, como se eu não soubesse de nada... Como se eu tivesse acabado de ouvir falar sobre Você.

2 comentários:

Luciana Balby disse...

Poema de sete faces


Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.



As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.



O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.



O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos , raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.



Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.



Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo,
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.



Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

Julie disse...

Sensibilidade!