domingo, 18 de janeiro de 2009



O que tenho a dizer sobre o livro “O Caçador de Pipas” é que a culpa é uma cruz muito pesada e mesmo com o passar dos anos, esse peso não diminui, muito pelo contrário. Qnto mais vc tenta esconde-lo debaixo de novos acontecimentos da vida, mais ele sobressai, e quando vc pensa que não existe mais culpa, que o passado morreu e tudo se fez novo, eis que ela surge, de repente, majestosa diante de vc. A velha culpa que te corrói até hoje.
Assim aconteceu com Amir que, ainda criança, não abriu mão da sua covardia e acabou, mesmo que involuntariamente, compactuando com a maldade feita a Hassan que ocasionou por fim, após mais de 10 anos, a morte deste.
A morte do seu melhor amigo. A morte do seu meio irmão.
Mas, como disse Rahim Khan: “há um jeito de ser bom de novo”. E há!
Amir descobriu aos trancos e barrancos que há jeito sim. Há jeito de ser forte, há jeito de se quebrar barreiras, há jeito de lutar, há jeito, inclusive, de recuperar o respeito do leitor, respeito esse que outrora virou ódio mediante tamanha imparcialidade.
Pelo pequeno Sohrab, Amir faria tudo de novo.
Por ele, Amir faria isso mil vezes!

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