terça-feira, 31 de março de 2009

Todo o ano é a mesma coisa.. Vai chegando o "meu mês" e eu vou ficando assim... meio sei lá, entende? rs.. Fico mais poética, com vontade de escrever tudo o que me passa pela cabeça (ainda bem q eu sei me controlar!), ouço mais música do que de costume, canto mais, danço mais...
Parando pra pensar isso acontece com mais intensidade justo nessa época. É lógico q eu já havia percebido isso há décadas, mas eu não tinha um blog! rs.. O que é bom pra mim, pq isso vai ficar registrado até qndo Deus quiser, uma vez que registrar pensamentos em folha de papel não é lá muito seguro pra quem tem vontade de reler após dez anos por exemplo.
Digo isso pq hj eu lembrei de uma carta que fiz pra mim mesma(rs) na fusão dos 16 pros 17 anos. E qndo digo fusão é fusão mesmo pq comecei a carta por volta das 23:30 do dia 01/04 e terminei só depois da 00:00 obviamente do dia 02/04.
Então, lembrei dessa carta hj e pensei em publicá-la aqui, mas não a encontrei... É uma pena, pq como foi no auge da minha adolescência, com certeza deveria ter coisas muito interessantes......rs. As únicas coisas que eu me lembro dessa carta era q eu não queria fazer 17 anos, que ter 16 anos era muito bom pq foi um ano muito generoso comigo em vários quesitos. Santa inocência!!

Bom, dez anos se passaram e hoje, com a minha personalidade devidamente formada, analiso que com 26 anos vivi momentos que na minha adolescência eu acharia o máximo, mas nem tudo são flores...
Uma coisa que eu nunca tive problema foi com trabalho. Sempre busquei minha liberdade nesse setor, e assim q surgiu a primeira oportunidade eu fui. Tinha 18 anos e meu primeiro emprego, como a maioria dos jovens dessa idade, foi trabalhar em shopping.
Daí em diante as coisas foram melhorando, depois fui pra C&A, uma empresa da qual eu tenho muito respeito pois sabe tratar e remunerar muito bem seus funcionários, que são na maioria jovens e adolescentes. Cresci muito lá, trabalhei em vários setores até que um dia fui parar na parte burocrática da loja, ou seja, trabalhei no setor de negociação, setor de pagamento e atendimento ao cliente. A partir daí me interessei muitíssimo por trabalhos burocráticos, como escritórios, etc.
Saí da C&A e fui direto para um escritório no Centro da Cidade. Um pulo enorme! Fiquei lá como estagiária quase dois anos ou dois anos inteiro.. não lembro.
Uma empresa pequena porém muito séria que tratava de gestão ambiental e lá foi uma escola pra mim no que diz respeito principalmente a comportamento no meio social. Lidava constantemente com o presidente da empresa, com pessoas e eventos muito importantes que tratavam e ainda tratam de assuntos ambientais. Carlos Minc? Era figura carimbada no escritório, e era com esse tipo de gente que eu tinha contato constante. Então isso me fez um bem enorme em relação a comportamento e postura no trabalho e na vida tbm, porém percebi que trabalhar com papel constantemente não era tão interessante como eu imaginava que seria, mas tudo bem. De lá fui trabalhar em um banco. Perfeito.. mais coisas para aprender, mais contatos valiosos, mais oportunidades... Não era tão perfeito assim, eu não conseguia mais me adaptar a essa rotina. Fiquei um tempo, mas não pude dar continuidade. Qndo eu saí de lá foi uma sensação muito louca! Poxa, aquele banco podia ser tudo pra mim.. Lá eu ganhava muito bem e a tendência era melhorar mais e mais, mas eu simplesmente joguei tudo pelos ares. Será que o motivo de eu não me deixar influenciar por ambientes hipócritas pode ser carma? rs.. Ou será q foi só capricho meu? Acho que não. Talvez se eu soubesse conviver com pessoas q se encontram no mercado de trabalho das quais não valem nada seria muito mais fácil eu ter estabilidade financeira hoje em dia...
Mas voltando. Joguei tudo fora e depois a ficha foi caindo. Não dá pra viver bem de arte nesse país, a não ser que vc seja um ator global, mas teatro??? Jamais! Então bateu o desespero, vai eu voltar pra escritório de novo, e agora pior! Trabalhando com família!
Acontece que o tempo q fiquei nesse último emprego foi bom pra eu amadurecer muitos conceitos, desenterrar sonhos, e tentar correr atrás do que eu posso ter. Foi aí que me lembrei q além do teatro havia sim uma outra coisa que eu gostava muito e que podia me profissionalizar. Comecei a pesquisar, correr atrás disso pra ver se de repente eu conseguiria encontrar algum curso de credibilidade que poderia fazer de mim uma guia de turismo, não só pros amigos, mas pra turista de fato.
Procurei, achei. Era o primeiro site no Google: Marc Apoio.
Lembro como se fosse hoje.
Eu fiquei meio preocupada, pq não queria jogar dinheiro fora, queria uma coisa certa. Pedi pra Deus me dizer se era pra ser ou não. Foi na igreja, antes da pregação pedi pra Deus me dá a resposta naquele dia, e Ele deu claramente.. O pastor durante a pregação disse mais ou menos assim: "E vc que tem aquele projeto e tá pedindo resposta de Deus, Deus tá te dando a resposta meu filho. Vai e faz que Deus é contigo!!" Resposta mais clara do que essa impossível! Deus é maravilhoso mesmo...

Eu queria tanto fazer esse curso que parecia q o mundo ia acabar em alguns minutos!! rs.. Depois dessa resposta fiz tudo muito rápido. Comecei o curso e alguns dias depois fiz 26 anos de idade.

Fiquei na empresa dos meus tios mais alguns meses, mas queria começar a entender mais de turismo na prática. E, como disse um amigo meu que tbm saiu lá da empresa: Me libertei! rsrs.. Pois é, saí de lá. Fui trabalhhar em uma pequena ag. de turismo, porém não consegui ainda me estabilizar no turismo, mas creio que é uma questão de tempo e de força de vontade tbm, já que depende muito mais de mim, mas confesso que não está sendo fácil, às vezes me dá uma vontade louca de voltar pra escritório ter salário final do mês como sempre foi na minha vida, mas daí eu lembro que é no turismo q eu quero e gosto de atuar........ Nossa, é muito louco vc largar o certo por uma coisa duvidosa que é o q vc gosta. Isso eu nunca havia feito, foi um presente dessa minha idade de 26 anos. Aliás foi um dos presentes, pq foram muitos ao longo desses 365 dias. Muitos desses presentes derivam da procura pelo curso.

Bom, o curso acabou, agora eu sou guia formada e cadastrada como eu imaginei um dia;
O teatro que eu fazia na igreja não faço mais. Eu parei;
Fiquei fora da igreja por um tempo de uma forma da qual eu nunca havia ficado antes, mas agora estou engatinhando e voltando graças a Deus e espero estar totalmente debaixo da presença dele antes que ele volte pra buscar a igreja;
Conheci pessoas maravilhosas, estreitei laços de amizades, "excluí" da minha vida coisas e pessoas que não valiam à pena;
E, depois de muitos e muitos anos me deixei levar pelos encantos do meu coração de pedra... Não foi num momento propício, mas foi o momento. Talvez o único.

Agora prestes a colocar mais uma velinha no bolo(rs),não quero ter 26 anos pra sempre como eu havia dito na época dos 16.
Tá certo que seria muito melhor ter a idade que tenho com o emprego que tinha há 3 anos atrás, mas foi uma escolha quase que obrigatória pois não adianta ter estabilidade financeira e não ter paz.
Então eu quero mais é viver, ter mais experiências que possam me acrescentar como profissional, como ser - humano, como amiga e como mulher.


Posso dizer que esse texto foi um resumo (bem resumido) do que essa idade significou pra mim, e nem tudo que eu enfatizei está na lista das coisas mais importantes. Muitos momentos especiais vão ficar no meu pensamento (somente no meu pensamento) por anos afinco.

J.

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